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A Ópera Negra do Portal do Sertão

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É com muita satisfação que nós das Instituições Cidade da Cultura, Ponto de Cultura ORCARE, Ponto de Memória da Caatinga e Atelier Filmes Produtora, Fundação Cultural Municipal Egberto Tavares Costa, recebemos o resultado de seleção da “nossa” obra a Ópera Negra do Portal do Sertão no Edital de Chamada Pública Nº 04/20 – Premio de Exibição Audiovisual 2020 – Premiação Aldir Blanc Bahia.

Edital este que faz parte do elenco de Editais que homenageia um dos grandes ícones da cultura baiana o Professor Cultural, Jorge Portugal

A festa de Reis Magos do Distrito de Tiquaruçu, Feira, Bahia, existe a mais de 200 anos. Por longa tradição o Mestre Asa Filho dotado dos saberes populares 3 vezes premiado pelo MinC. resolveu com a verba adquirida pelo Edital da Fundação Palmares com ênfase no 20 de Negra fazer um documentário sobre sua trajetória artística e que o motivou a criar o grupo folclórico Reisado de São Vicente como também a ORCARE – Organização Cultural e Artística Reisado de São Vicente, hoje Ponto de Cultura da Bahia Território Portal do Sertão.

A proposta tem a premissa de difundir o trabalho artístico cultural que se faz no ponto de cultura no decorrer do ano, que não se prende só a realização da festa de Reis Magos e sim num cabedal de muitas artes populares, costumes, laboros, cânticos, contação histórias de pertencimento ao local. A exemplo da bata-de-feijão onde se comunga vários cânticos de trabalho na hora de fazer ofício. São consideradas essas tarefas como adjutórios a reunião espontânea de vários agricultores, agricultoras, lavradores, trabalhadores ruais que se juntam para celebrar e bater o feijão de forma lúdica no terreiro do vizinho. Com o advento das tecnologias essas tarefas hoje são implementadas por máquinas sofisticadas.

A Ópera Negra do Portal do Sertão, também fala das questões raciais, preconceitos e revela através dos argumentos que a festa em si é só uma comemoração do calendário católico e de dever religioso, mas que, no tocante as vidas desses fazedores dessa cultura ainda sofrem muito preconceito.

Trouxemos a figura do vaqueiro, o símbolo do sertão na profissão. O vaqueiro segue o nosso ritual de apresentações indo a frente com sua indumentária denominada terno de couro e o ferrão de tanger o gado, símbolo de resistência de uma profissão hoje reconhecida por Decreto de lei.

O projeto em si, quer difundir, quer mostrar que além de ser um festejo popular, calendarizado, é possível sim, com essas iniciativas de documentar, trazer o assunto para uma pesquisa de formação científica, identitária mostrando a verdadeira arte do povo brasileiro que é moldada a partir de cada região, mesmo em se tratando de uma cultura Europeia. “Nós mostramos a nossa cara”.

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